As latas e as garrafas da Coca-Cola Ibéria são 100% recicláveis

A aposta da Coca‑Cola para aumentar a utilização de PET reciclado

É assim que a Coca‑Cola em Portugal consegue aumentar a percentagem de material reciclado numa garrafa PET

A economia circular, que transforma resíduos em recursos, oferece uma solução para os desafios ambientais que enfrentamos. Um modelo de desperdício zero que passa inevitavelmente pelo uso de embalagens com material reciclado.

Atualmente, as embalagens PET da Coca‑Cola em Portugal contêm 24,5% de PET reciclado. No entanto, as garrafas de água da marca Glacéau Smartwater já são feitas de plástico 100% reciclado e as garrafas de bebidas não gaseificadas e os sumos contêm 50% de PET reciclado. Isso inclui as garrafas Aquarius, Nestea e Powerade.

As novas garrafas PET Aquarius contêm 50% de plástico reciclado.

Mas este é apenas um passo em direção a uma meta mais ambiciosa. A nível global, a Coca‑Cola propôs que a percentagem de PET reciclado nas suas garrafas alcance pelo menos os 50% em 2025. Uma meta que a Coca‑Cola Iberia se propôs atingir três anos antes, em 2022. “A divisão da The Coca‑Cola Company na Europa Ocidental estabeleceu este máximo de 50% porque ir mais longe hoje pode significar que algumas características da garrafa são afetadas”, explica Susana Pliego, Environment & Safety Manager da divisão da Coca‑Cola na Europa Ocidental.

No entanto, esse limite imposto pela própria tecnologia está a mudar graças à inovação. “Os novos sistemas permitem alcançar números mais elevados e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da The Coca‑Cola Company em Bruxelas está a trabalhar muito para aplicar melhorias em alguns anos”, portanto a meta para 2030 é garantir que todas as garrafas de plástico sejam feitas com material 100% reciclado ou proveniente de matérias-primas renováveis.

Além da necessidade de maior desenvolvimento de tecnologias de ponta, aumentar a percentagem de rPET não é fácil. Por outro lado, “é um desafio obter plástico reciclado transparente e de qualidade. Nem todos valem”, afirma Susana. “Comprometidos como estamos com a qualidade dos ingredientes e materiais, sujeitamos a nossa empresa de reciclagem a um dos processos mais exigentes do mercado”, afirma. "Auditamos, por exemplo, a tecnologia e as resinas que ela usa para garantir que as garrafas que vendemos cumprem esses altos padrões".

Por outro lado, não há muito PET reciclado de qualidade disponível no mercado. “A razão é que ainda não reciclamos o suficiente, embora estejamos cada vez mais atentos". Precisamente para evitar que as embalagens cheguem onde não deveriam e para promover a economia circular, a Coca‑Cola comprometeu-se a recolher e reciclar o equivalente a 100% das latas e garrafas que comercializa em todo o mundo até 2030 (até 2025 na Europa), como parte da sua estratégia Um Mundo sem Resíduos.

Inovação em materiais

A Coca‑Cola busca alternativas às embalagens tradicionais.

Além de apresentar embalagens com mais material reciclado, o centro de I+D da Coca‑Cola em Bruxelas, um dos seis que a The Coca‑Cola Company tem em todo o mundo, procura o desenvolvimento de novos materiais, como fibras renováveis. “Pertence a esta categoria a PlantBottle, a nossa garrafa PET com 30% de matéria-prima vegetal de um subproduto do processamento da cana-de-açúcar”.

Nesta procura de alternativas às embalagens tradicionais, a empresa desenvolveu, em conjunto com a start-up PaBoCo (The Paper Bottle Company), um primeiro protótipo de garrafa de papel, um material renovável, facilmente reciclável e biodegradável, que nos permite avançarmos em direção a um mundo sem desperdício.

Esta garrafa mostra que, algum dia, até os resíduos oceânicos se podem tornar novos recipientes para uso alimentar.

Além disso, os resíduos nos mares e oceanos podem-se tornar novas embalagens para uso alimentar. Isso é demonstrado pela primeira garrafa de Coca‑Cola feita de plástico reciclado de lixo marinho. É a primeira garrafa do mundo feita com material recolhido de costas e mares e adequada para uso em alimentos e bebidas.

Para a Environment & Safety Manager da divisão da Coca‑Cola na Europa Ocidental, a solução para a criação de resíduos parra por “reciclar mais; criar, desde a própria fase de design, embalagens mais amigas do ambiente e ter a tecnologia e infra-estruturas necessárias para reciclar e reaproveitar todas as embalagens e fabricar novas a partir delas”. Claro, sem demonizar o plástico, frisa Susana, “porque o que está a poluir oceanos hoje é o mau uso que fazemos deles".

 

Última atualização: 10/06/2021